Diversidade e Inclusão são uma das seis prioridades mundiais do Movimento Escoteiro. E é pensando globalmente e agindo localmente que os Escoteiros do Brasil Região do Rio Grande do Sul contam com as Equipes Regionais de Diversidades e de Inclusão e Acessibilidade. No final de semana de 29 e 30 de julho, em Flores da Cunha, na sede do Grupo Escoteiro Alberto Mattioni, foi realizado mais uma edição do Curso Técnico de Inclusão e Acessibilidade.
O objetivo do curso foi promover a formação continuada dos adultos no que tange ao conhecimento de inclusão e acessibilidade. Segundo o Coordenador da Equipe Regional de Inclusão e Acessibilidade, Raphael Cavalcante, “nós somos todos iguais, porém diferentes nas nossas necessidades. A maior barreira que a gente enfrenta hoje é o preconceito, quebrar o preconceito do chefe, quebrar o preconceito do teu dirigente e fazer com que ele entenda que ao aplicar o programa de jovens e o método escoteiro por sua natureza já inclusivo então aplicar aquilo ali você não está fazendo nada diferente do que aplicar escotismo”.
O trabalho da Equipe de Inclusão iniciou em 2014, seguido da criação de um Grupo de Trabalho de Inclusão e Acessibilidade, até chegar na formação atual da Equipe Regional. O Curso foi orientado a partir da Apostila do Curso Técnico, elaborada por voluntários e especialistas que integram a Equipe. O material vem ao encontro dos objetivos propostos na Política Regional de Acessibilidade, onde onde traz a necessidade de proporcionar-se convivência e atendimento às necessidades das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nos Grupos Escoteiros no Rio Grande do Sul.
O encontro reuniu voluntários o 16º e do 20º Distrito, dos Grupos concentrados na região da Serra Gaúcha. Além também da participação de voluntárias do Movimento Bandeirante, do Núcleo Bandeirante Irmão Bonifácio de Caxias do Sul. Dentre os participantes estava a escotista do Grupo Escoteiro do Mar Barão de Teffé (17RS), de Caxias do Sul, Ely Francisca dos Santos, que é mãe de um adulto com deficiência intelectual que começou no escotismo como lobinho e hoje também é voluntário. Ely considera muito importante o envolvimento dos pais na caminhada dos jovens dentro do Grupo. “Por mais que tu tenha duas pessoas com a mesma deficiência, tu não pode trabalhar com as duas do mesmo jeito. A criança tem que entrar, ela tem que fazer, as vezes ela diz mas eu não sei, mas vamos fazer, vamos aprender. Eu sei, por experiência própria, que é assim, fazendo, que a gente aprende. Se os pais caminharem do nosso lado, o pai aprende junto com a gente, a gente junto com o pai e com a criança. Tem que estar com o coração aberto. O Movimento é amor, e onde tem amor tem tudo certo”, disse Ely.
Conforme a Diretora Presidente da Região Escoteira do Rio Grande do Sul, Cristine Ritt, “A qualidade do Programa Educativo aplicado nas Seções depende diretamente da adequada preparação dos adultos. O nosso trabalho voluntário rende mais e melhores frutos na medida em que nos capacitamos adequadamente para a tarefa. Portanto, investir na formação significa valorizar o próprio tempo que dedicamos voluntariamente ao escotismo.”
Na aba de downloads do nosso site encontram-se quatro documentos da Equipe de Inclusão que podem auxiliar o trabalho dos Grupos: Apostila do Curso Técnico, Política Regional de Acessibilidade e Inclusão, Política Interamericana de Diversidade e Inclusão e Jogos e Dinâmicas de Grupo com Pessoas com Deficiência. A Equipe Regional de Inclusão e Acessibilidade pode ser contada pelo email escotismo.inclusivo@escoteirosrs.org.br. Os seus integrantes estão a disposição dos Grupos Escoteiros para a solicitação de demandas sobre o tema e auxílio à inclusão de jovens e adultos nas atividades.
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